top of page

Privacidade e insegurança

  • Roberto Barberá
  • 24 de mai. de 2017
  • 3 min de leitura

Dando continuidade 'a nossa conversa a respeito de privacidade durante conexões à internet, aqui vão algumas informações e conceitos práticos relacionados ao tema. Ao final, apresento um roteiro para melhorar o nível de privacidade da navegação, para os casos de uso de uma conexão à internet em redes inseguras.

Como já havia antecipado, a idéia consiste em nos "misturarmos à multidão" dificultando a vida de eventuais bisbilhoteiros..

Tudo o que será abordado aqui é legal, embora possa ser mal interpretado pelos servidores dos grandes bancos, do Facebook e do Google, que investem bilhões em segurança, e cujos firewalls e programas sentinelas, podem “estranhar desaforadamente" o fato de você, de repente, tentar logar na sua conta a partir de um servidor da Noruega, por exemplo. Isto, porque a estratégia que descreverei procura, dentre outras coisas, disfarçar a origem geográfica de suas conexões.

Portanto, evite usar as técnicas aqui descritas, a partir de dispositivos conectados a redes confiáveis. Têm por objetivo, permitir que você possa fazer acesso seguro à internet, mesmo a partir de redes desconhecidas ou inseguras, como as redes WiFi em geral, redes públicas de aeroportos, redes de hotéis, redes de eventos, cafés e etc...

Nossa navegação segura acontecerá pela combinação de duas técnicas, a saber:

1) Disfarce de sua verdadeira localização geográfica

A origem da sua conexão será disfarçada por um programa chamado Torifier. Trata-se de programa gratuito, "open source" e legal. lNão há problema algum em navegar longe dos xeretas. Aliás, é um direito seu.

O Torifier conecta você a uma rede de servidores que alternam o trajeto de cada conexão intermediária, até chegar ao endpoint desejado (site de destino). O site de destino, por sua vez, só "sabe" que sua conexão vem do último servidor alocado pelo Torifier, que é um servidor de localidade necessariamente diferente da sua. Por exemplo, de outro país e com endereço IP gerado neste outro país. Esta técnica tem o apelido de “proxy chain” (servidores proxy encadeados). Ela pode (e deve) ser complementada com a que vou descrever no item (2), a seguir.

Obs.: a rede de servidores (proxies) usada no Torifier é ia mesma implementada pelo Tor Browser (se quiser mais detalhes, pesquise “Deep Web” e "Tor browser", no Google).

2) Uso de um serviço de VPN (Virtual Private Network).

Uma VPN é implementada por meio do uso de software especializado (protocolo de comunicação), que envolve cada pacote de dados de sua conexão, com uma espécie de “envelope”, de modo a que os dados do “remetente”, do “destinatário”, dentre outros, trafeguem criptografados. Este cuidado adicional garantiria completamente sua privacidade, se o provedor do serviço VPN fosse pago. Provedores de VPN pagos geralmente fornecem garantias contratuais de SLA (Service Level Agreement) que estabelecem níveis mínimos de performance e garantia de anonimato.

No nosso caso, será usado um dos serviços de VPN gratuitos disponíveis na internet. Por uma questão de comodidade, o tutorial indica o serviço VPN que já vem embutido no browser Opera.

A VPN do Opera pode não ser 100% confiável, pela simples razão de ser gratuita. Caso você seja “paranoico” com segurança, ou esteja pretendendo atacar um dos servidores do Pentágono, aconselho que use um serviço de VPN pago.

Navegar de forma segura exige, sobretudo, paciência. O uso de proxy chain e VPN nunca melhorará sua experiência de navegação. Ao contrário. Uma boa VPN, na melhor das hipóteses, não alterará a velocidade da sua conexão. Ela poderá até ser muito mais rápida. Porém, por uma questão de design, ela procurará sincronizar-se com a velocidade máxima que sua conexão esteja comportando, no momento do acesso. Por isto (e apenas neste caso) você não sentirá qualquer diferença.

Entretanto, se a VPN for mais lenta, quem irá tentar sincronismo com a velocidade máxima possível (e agora limitada pela VPN), será a sua conexão. Ou seja, as coisas poderão ficar mais lentas, pois o algoritmo de criptografia e decriptografia exige esforço adicional. Pela mesma característica de design, sua conexão ficará mais pesada e ponto final. Sem choro, nem vela. Não há como melhorar a experiência, a menos que a performance da VPN melhore.

Portanto, segurança adicional significa paciência adicional, caso a VPN escolhida fique, sobrecarregada durante a conexão.

Isto posto, aqui vai um tutorial, passo a passo, para quem quiser experimentar:

Primeiro passo - Download do navegador Opera

Vá ao link http://www.opera.com/pt-br/computer/thanks?ni=stable

-> ajustando nível de privacidade e segurança:

- Clicar em “Privacidade e segurança” (coluna da esquerda)

- Marque a check-box “Habilitar VPN"

Aconselho a tentativa, uma vez que pode ser bastante útil ter um conjuntinho de programas já configurados e testados e que permitam navegar de forma segura, em ambiente desconhecido, caso típico das emergências em aeroportos e hotéis.

Espero que tenham sucesso na tentativa. Fico à disposição para responder perguntas e tirar eventuais dúvidas, pelo e-mail rbarbera@globo.com. Aviso, entretanto, que como na Justiça, tardo, mas não falto.

Abraços.


 
 
 

Commentaires


Por trás do Blog
Procurar por Tags
Leitura Recomendada
Tags
  • Facebook Basic Black
  • Twitter Basic Black
  • Google+ Basic Black

©  Orgulhosamente criado com Wix.com

    Gostou da leitura? Faça a diferença. Doe para 

Eles são super heróis de verdade!!

bottom of page