A verdade distribuída

A internet deu a todos os internautas o poder de produzir, divulgar e compartilhar conteúdos de qualquer natureza, consolidando o princípio da liberdade irrestrita de expressão.

Ao navegar, cada um de nós possui uma espécie de supermegafone, que se traduz nas diversas páginas, blogs, e-mails, participações nas redes sociais, messengers, chatbots, etc... que, em última análise, são veículos de propagação da nossa opinião, temperamento, sentimentos e até do nosso caráter.

E o megafone é democrático. Tem tamanho igual para todos, ou seja, exatamente o tamanho da tela em uso. Pode ser um site, um aplicativo móvel, ou um simples campo para se escrever, como é o caso do Twitter.

Se informação é poder, nossa responsabilidade cresce na medida em que compartilhamos conteúdo e influenciamos a opinião dos outros - para o bem e para o mal.

A informação flui e pode ser descoberta por qualquer um que conheça o Google. Yahoo, Bing, etc... A era dos especialistas e peritos acabou. Ela teve seu papel e gerou seus próprios problemas. A globalização vem gradativamente liquidando com determinadas “funções de intermediação” que devoravam nosso tempo, sobretudo, em determinados serviços públicos obrigatórios.

Os tempos mudaram. Aqueles que retêm informação e a guardam para si acabam, em última análise, sendo atropelados pela própria rede. E pior - dependendo da natureza da “notícia” - cria-se espaço para os que a deturpam e distorcem.

Vivemos a era da verdade cibernética, ou verdade distribuída. Isto significa igual probabilidade de viralização, tanto da verdade, quanto do boato infundado. Será que podemos fazer algo a respeito? Na maioria das vezes nos resta apenas um clique.

Que seja, então, um clique consciente. E isto é muito mais do que parece. Maioria silenciosa é maioria nenhuma.

Vamos postar a verdade e apoiar aqueles o fazem. Faz um bem enorme à alma e ao nosso futuro como sociedade.

Abraços.