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#ReeleiçãoNão

  • Roberto Barberá
  • 27 de dez. de 2017
  • 3 min de leitura

Segundo esta reportagem do New York Times, a Alemanha gastou US$200 bilhões nas últimas duas décadas, para estimular investimentos em fontes mais limpas de eletricidade. Esse enorme esforço está tendo um impacto inesperado - os consumidores agora estão realmente sendo reembolsados por usar energia, como foi o caso durante deste último fim de semana.

Os preços da energia caíram abaixo de zero durante grande parte do domingo e nas primeiras horas do dia de Natal, segundo o EPEX Spot, a bolsa europeia de comércio de energia, resultado da baixa demanda, em conjunto com o clima intempestivamente quente e as brisas fortes que proporcionaram grande abundância de energia eólica, na grade de geração.

Preços “negativos" não são norma na Alemanha. Embora muito raros, podem acontecer em razão do enorme investimento governamental em formas ecológicas de geração de energia. Os preços da eletricidade neste dia de Natal de 2017, caíram abaixo de zero - o que significa que os clientes estariam sendo “pagos” para consumir energia. Neste último domingo, os proprietários de fábricas e outros grandes consumidores tiveram ressarcimento, em alguns casos, de mais de 50 euros – quase 200 reais - por megawatt-hora consumido. Como a medida é por atacado, o impacto do rateio proporcional é pequeno na conta de energia. De qualquer forma, trata-se de energia sem custo para o cidadão, coisa inimaginável para nós brasileiros.

O que causa os preços negativos?

Ocorrem, basicamente, quando o fornecimento de energia ultrapassa a demanda.

Na Alemanha, a demanda é particularmente baixa nos fins de semana e feriados, quando as fábricas estão ociosas e os escritórios vazios. O suprimento de energia de que a Alemanha depende, no entanto, acaba sendo menos previsível do que costumava ser. As energias eólica e solar – a eólica em particular – são altamente dependentes das condições climáticas. As turbinas giratórias gigantes da eólica produzem, em média, cerca de 12% da energia Alemã. Mas em dias de ventos fortes e constantes, podem gerar várias vezes esta quantidade.

Ao mesmo tempo, os outros pilares do fornecimento de eletricidade do país, especialmente algumas centrais a carvão e a energia nuclear, não conseguem desligar-se com rapidez suficiente, provocando excesso de fornecimento e causando preços negativos no mercado europeu de eletricidade.

E onde os preços negativos têm ocorrido?

Vários países da Europa experimentaram preços de energia negativos em 2017, incluindo Bélgica, Grã-Bretanha, França, Holanda e Suíça.

Contudo, as ocorrências de preços negativos na Alemanha têm sido mais frequentes. Por diversas vezes em 2017 a Alemanha exportou seu excedente de energia elétrica para seus vizinhos, ajudando a equilibrar o mercado. Ainda assim, as experiências de preços negativos são muitas vezes mais longas e frequentes, do que em outros países.

Num exemplo recente, os preços da energia passaram 31 horas abaixo de zero, durante o último fim de semana de outubro de 2017. Em certo ponto, chegou a ser registrada a diminuição de 98 euros por megawatt-hora, ou seja, um custo de -393 reais por megawatt-hora consumido.

E como se comporta a geração e fornecimento eólico e fotovoltaica?

A principal desvantagem das fontes de energia eólica e solar é a de que elas aumentam sua produção quando as condições climáticas lhes são favoráveis e não em resposta ao aumento da demanda. Daí a necessidade do armazenamento do excedente em super baterias. Entretanto, a capacidade de armazenamento das baterias ainda não evoluiu o suficiente, para que se possa absorver todo o excesso de energia gerada, daí a necessidade de se manter uma matriz energética diversificada, com parte da energia ainda sendo gerada por usinas “sujas”. As usinas de energia que funcionam com combustíveis fósseis, demoram muito para acelerar e para reduzir sua produção de eletricidade, mas são capazes de ser ligadas e desligadas, conforme as situações emergenciais de aumento da demanda.

Mas enquanto isto acontece na Alemanha, no pais dos trouxas que pagam impostos, os parlamentares, em especial o Deputado Heráclito Fortes, está apresentando um projeto de lei que tributa os ventos (quem sabe, a luz solar, ou o ar que respiramos) e que desestimulará, de vez, o investimento privado em fontes de energia limpa. É o custo Brasil aumentando, na contramão do progresso e da geração de trabalho..

Sua Excelência, como autêntico representante da raça que assola nosso parlamento há décadas, defende a tese de que o sol, os ventos e, por consequência, o ar que respiramos, são propriedade da União. Espetacular!

Além de serem os mais caros do mundo, nossos parlamentares nos furtam descaradamente, atrapalham nosso progresso, nosso executivo é conivente e nosso judiciário não aplica as leis, quando tem chance.

Vamos dar um basta à reeleição em 2018. Compartilhe a hashtag #ReeleiçãoNão.

Vamos banir estes criminosos e seus filhotes de nosso poder público. Façamos por merecer um ano de 2018 melhor.

Grande abraço e feliz ano novo para todos.


 
 
 

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